Conclusão da Ferrovia Norte-Sul: um marco no transporte ferroviário brasileiro e suas perspectivas para o futuro

Após mais de 35 anos de construção, as obras da Ferrovia Norte-Sul foram concluídas, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da inauguração do terminal ferroviário em Rio Verde.

A Ferrovia Norte-Sul é considerada a espinha dorsal do sistema brasileiro de transporte sobre trilhos, conectando os portos de Itaqui, no Maranhão, ao de Santos, em São Paulo.

A conclusão das obras beneficia os estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, que têm uma forte produção de commodities, como soja, milho e algodão, proporcionando uma saída para seus produtos pelo mar.

A conclusão da ferrovia também promete impulsionar o desenvolvimento econômico e gerar empregos ao criar um novo corredor logístico.

A construção da Ferrovia Norte-Sul teve início em 1986, mas avançou lentamente nas primeiras décadas.

A partir de 2007, com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no segundo mandato de Lula, a ferrovia ganhou impulso.

A empresa VLI Logística passou a operar o trecho de Açailândia (MA) a Porto Nacional (TO), enquanto a empresa Rumo assumiu a gestão do trecho centro-sul, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), conectando-se à Malha Paulista no interior de São Paulo.

Nos últimos quatro anos, a empresa Rumo construiu três novos terminais em São Simão (GO), Rio Verde (GO) e Iturama (MG), investindo R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante.

Além disso, outras obras foram necessárias para a conclusão da ferrovia, como a construção de pontes e extensão de trilhos.

Apesar dos investimentos realizados nas últimas décadas, o modal ferroviário representa apenas cerca de 21,5% do transporte de carga no Brasil.

A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) destaca que o transporte ferroviário é responsável por mais de 93% do minério de ferro exportado pelo país, além de movimentar grande parte dos granéis sólidos agrícolas, como açúcar, milho e soja.

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