Tarifa técnica do transporte coletivo da Grande Goiânia sobe para R$ 12,51

A Grande Goiânia passou a operar com nova tarifa técnica no transporte coletivo. A Agência Goiana de Regulação (AGR) reajustou o valor para R$ 12,51, conforme publicação no Diário Oficial do Estado na quarta-feira (14/05).

Apesar do aumento, os usuários seguem pagando R$ 4,30 por viagem. A diferença continua sendo coberta por subsídios pagos pelo Governo de Goiás e pelas prefeituras que integram o sistema metropolitano.

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  • Reajuste não altera valor pago pelo passageiro

    O aumento de 4,73% se refere à tarifa de remuneração das empresas operadoras, que subiu de R$ 11,94 para R$ 12,51. O valor cobrado na catraca permanece inalterado graças à política de complementação tarifária, que evita onerar diretamente os passageiros.

    Essa estrutura foi criada para garantir acesso ao transporte público sem impacto direto no bolso da população, mesmo com o crescimento dos custos operacionais, como combustíveis e salários.

    Modelo de subsídio garante equilíbrio do sistema

    O sistema da Grande Goiânia opera com três fontes de receita: o valor pago pelo passageiro, os repasses referentes a gratuidades e o subsídio governamental. A AGR calcula a tarifa técnica com base em dados como quilometragem, frota e volume de passageiros transportados.

    O Consórcio RedeMob cobre a diferença entre o que entra pela bilhetagem e o custo real da operação.

    Municípios inadimplentes colocam subsídio em risco

    Cidades como Trindade e Goianira deixaram de pagar suas cotas no subsídio, segundo a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC). A inadimplência pode comprometer benefícios como a meia-tarifa para os moradores dessas regiões.

    Em abril, as prefeituras alegaram dificuldades financeiras, mas o atraso nos repasses ameaça a estabilidade do modelo.

    Dívidas de Goiânia pressionam contas do sistema

    No início de 2025, a Prefeitura de Goiânia acumulava mais de R$ 62 milhões em dívidas com o sistema de transporte. Mesmo assim, o governo estadual e os municípios mantiveram o subsídio ativo, evitando aumentos para a população.

    O modelo permanece como uma alternativa para garantir a sustentabilidade do transporte coletivo na Grande Goiânia, mesmo diante de instabilidades financeiras.

    Conclusão

    O reajuste da tarifa técnica reforça a necessidade de gestão integrada e compromisso dos municípios com o transporte coletivo da Grande Goiânia. O subsídio se mantém como pilar essencial para preservar o valor acessível da passagem ao cidadão.

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